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Paulo Azi diz que Jerônimo é “negacionista” após governador comparar crise de violência com “gripezinha”

Brasil

O deputado federal Paulo Azi, presidente estadual do União Brasil, criticou na quarta-feira (23) o governador Jerônimo Rodrigues (PT) por comparar a grave crise na segurança pública baiana com uma “gripezinha”. O parlamentar disse que o petista insiste em se comportar como um “negacionista” da violência que assola o Estado ao invés de trabalhar para resolver os problemas e proteger as pessoas.


“Jerônimo mais uma vez age como um negacionista, ao minimizar a gravidade da situação da violência na Bahia e comparar a crise na segurança pública com uma gripezinha. É um deboche com as milhares de famílias baianas que perderam entes queridos nos últimos anos. O governador precisa se desculpar por mais essa fala insensível e começar a trabalhar para proteger os baianos contra as facções, que infelizmente avançam a cada dia no nosso estado”, afirmou.


Em entrevista à rádio Metrópole, o governador disse: “Ficarei na Bahia como aquela mãe que tá com um filho com uma gripezinha, mas não larga dele. […] Estou com a mão no pescoço pra sentir a temperatura nesse momento, mas depois eu irei a Paris”.


Para Azi, já passou da hora de Jerônimo assumir a responsabilidade e deixar de procurar desculpas para o fato de que a violência explodiu na Bahia durante os 18 anos de governos do PT. “O governador precisa encarar o óbvio: ele e os seus aliados são os responsáveis pela Bahia infelizmente ser o Estado campeão de homicídios do país. Não adianta se recusar a aceitar essa triste realidade, porque ela só vai mudar com trabalho e dedicação”, disse.


O deputado lembrou que esta não é a primeira vez que Jerônimo desrespeita o povo da Bahia ao tratar a violência como algo menor ou buscar se esquivar de sua função como chefe de governo. Em julho deste ano, por exemplo, o governador disse que “distúrbios de saúde” levam as pessoas a uma “situação de insegurança”.


“O governador está normalizando o nível absurdo de violência atingido na Bahia. Primeiro, insistiu por muito tempo de que se tratava somente de um problema nacional, quando todos os levantamentos mostram que a situação só faz se agravar na Bahia, enquanto muitos estados chegaram a reduzir os índices de criminalidade. Depois, o governador tentou culpar a sociedade baiana, vítima da violência, pela situação, quando relacionou a insegurança a distúrbios de saúde. Agora, Jerônimo compara um grave quadro de violência a uma gripezinha. Qual será a próxima fala negacionista, governador?”, questionou Azi.


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