Alexandre de Moraes sofre sanção dos EUA por decisões ligadas aos ataques de 8 de janeiro

Brasil

Às vésperas do aumento de tarifas contra o Brasil, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), órgão do Departamento do Tesouro dos EUA, impôs sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A medida se baseia na acusação de que Moraes teria violado a liberdade de expressão e autorizado prisões arbitrárias, especialmente durante o julgamento da tentativa de golpe de Estado no Brasil.

A decisão se apoia na Lei Magnitsky, que permite punições a estrangeiros acusados de violar direitos humanos. Com a sanção, bens e empresas ligadas ao ministro nos EUA poderão ser bloqueados, inclusive negócios dos quais ele detenha 50% ou mais de participação.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que Moraes conduz uma "campanha opressiva de censura e processos politizados", incluindo medidas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e plataformas de mídia social dos EUA.

O posicionamento norte-americano ecoa a versão defendida por Bolsonaro, que se diz vítima de perseguição política no processo que o acusa de tentar reverter o resultado das eleições de 2022.