Desde que o Facebook mudou de nome para Meta no final de 2021, o conceito nebuloso que inspirou o novo nome virou um tema quente de discussão.
Embora possa parecer que o metaverso é um produto da ambição selvagem da Meta, esse não é o caso. O termo metaverso foi cunhado no romance distópico cyberpunk Snow Crash, de Neal Stephenson (1992), inspirado pelo Neuromancer, de William Gibson (1984), que descreve um espaço de dados de realidade virtual chamado Matrix.
Experiências virtuais como Second Life podem ser descritas como protometaverso. Por que o prefixo? Porque eles existem de forma isolada, cada um sendo uma ilha digital cujos habitantes e seus ativos virtuais nunca saem dela.
O metaverso que Mark Zuckerberg quer criar não é apenas uma grande experiência virtual, é a próxima versão da internet e deve ter certas propriedades que o separam de experiências isoladas de realidade virtual como o Second Life.
Segundo o capitalista de risco Matthew Ball, o Metaverso é uma rede massivamente dimensionada e interoperável de mundos virtuais 3D renderizados, em tempo real, que podem ser experimentados de forma sÃncrona e persistente, por um número ilimitado de usuários, com um senso de presença individual e com continuidade de dados, como identidade, histórico, direitos, objetos, comunicações e pagamentos.
Como qualquer lugar no mundo real, o metaverso está sujeito a desenvolvimento. Os desenvolvedores podem construir suas próprias ruas, prédios, parques, bares, escolas, bem como coisas que não existem no mundo real, onde as regras do espaço-tempo tridimensional são ignoradas.
O metaverso será uma experiência de computação onipresente, na qual os usuários poderão aproveitar dispositivos tradicionais, como computadores e dispositivos móveis, ao mesmo tempo em que aprimoram a experiência com dispositivos vestÃveis imersivos de realidade virtual e aumentada. O filme Jogador Nº 1 pode ser o melhor exemplo visual, que temos atualmente, de como o metaverso poderia ser conceitualmente.
Na prática, o metaverso existirá quando o usuário puder entrar em um shopping virtual, junto com tantas pessoas quanto no mundo real, comprar um item digital que depois poderá vender num mundo virtual completamente diferente, ou até através do Twitter, Mercado livre ou OpenSea.
A tecnologia ainda precisa evoluir muito para o metaverso se tornar uma realidade, mas segundo Mark Zuckerberg até o final dessa década o metaverso estará aqui. Enquanto isso, se você não quer esperar tanto, você já pode acessar plataformas como Decentraland, Horizon Workrooms ou Roblox e ter uma ideia de como será o futuro.
Foi dada a largada para a criação de um universo de mundos, experiências e negócios digitais. E você? Já pensou em como aproveitar a infinidade de possibilidades abertas pelo metaverso?
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