PF indicia Bolsonaro e Eduardo em inquérito sobre sanções dos EUA

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A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. A investigação aponta que Eduardo atuou junto ao governo de Donald Trump para pressionar autoridades brasileiras, incluindo o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Nos últimos meses, o governo dos EUA anunciou medidas contra o Brasil, como tarifas de 50% sobre importações, investigação sobre o Pix e sanções contra Moraes com base na Lei Magnitsky. Trump e aliados acusam o STF de perseguir Bolsonaro e de restringir a liberdade de expressão.

Eduardo, que está nos EUA desde março, tirou licença de 122 dias alegando perseguição política. Um pedido de cassação de seu mandato foi encaminhado à Comissão de Ética da Câmara após representações do PT e PSOL. Jair Bolsonaro também é acusado de enviar recursos via Pix para custear a estadia do filho.

Paralelamente, Bolsonaro será julgado em 2 de setembro no Supremo pela tentativa de golpe após as eleições de 2022. Ele e sete aliados — incluindo ex-ministros e militares — respondem por crimes como organização criminosa armada, golpe de Estado e dano ao patrimônio.

O ex-diretor da Abin e atual deputado Alexandre Ramagem teve parte das acusações suspensas, mas continua réu pelos principais crimes. Outros núcleos de investigados devem ser julgados ainda este ano.