A área de Tecnologia da Informação (TI) é uma das que mais crescem no Brasil. Isso é resultado do alto número de startups criadas nos últimos anos, do uso massivo da tecnologia no dia a dia, da percepção das empresas da extrema importância dessa área e também da pandemia, que tem impulsionado essa transformação digital.
Com a tecnologia cada vez mais presente, os profissionais de TI se tornaram extremamente necessários e cobiçados. Mas, na contramão de toda essa demanda crescente, as empresas estão tendo que lidar com um gargalo: a falta de mão de obra na área de TI.
Até setembro de 2021, a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação (Brasscom) registrou 123.544 novos empregos no setor de TI, sendo que a projeção da demanda era de 56.693. Ainda serão gerados 797 mil empregos até 2025. E dentre as tecnologias mais procuradas, teremos: Big Data & Analytics, Nuvem, Web mobile, Inteligência artificial, Internet das Coisas, Blockchain, Segurança da Informação e outros. Os investimentos do setor nos próximos 4 anos serão de R$ 413,5 bilhões em tecnologias de transformação digital, segundo a Revista Exame.
Mesmo com essa procura enorme por mão de obra em TI, jovens do mundo todo tem, em média, mais anos de estudo do que qualquer geração que veio antes deles. Mas eles têm grande dificuldade em se inserir no mercado e em conciliar o que aprendem na educação formal com o que é esperado no ambiente profissional.
Num mundo acelerado, onde as empresas buscam a tecnologia para aumentar sua eficiência e lucratividade, novas profissões surgem a toda hora. Infelizmente, as faculdades não possuem o dinamismo para se adequarem às novas demandas na velocidade exigida.
Assim, surge a necessidade de uma "Nova Escola", que adote algo parecido à metodologia “Just in Time”, que busca o atendimento às demandas dos clientes no menor prazo possível, garantindo qualidade e trabalhando com o mínimo de recursos. Essa “Nova Escola” teria a capacidade de absorver as novas tecnologias em tempo recorde e formar mão de obra sob demanda para as profissões do futuro, ocupadas por profissionais recém-surgidos, e sobre as quais há uma tendência de grande valorização nos próximos anos ou décadas.
O que estamos esperando para implementar estratégias que nos permitam aumentar a oferta de empregos em TI, estimular a contratação de jovens nessas vagas, apoiar empresas e empreendedores do setor e, ainda, promover a formação de profissionais com a celeridade que o mercado tecnológico exige, incluindo os excluídos na revolução digital? Os desafios são grandes, mas os avanços permitidos pela tecnologia são bem maiores.
Comments