EUA revogam vistos de autoridades brasileiras ligadas ao programa Mais Médicos
- Equipe do Blog
- 14 de ago.
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Mundo

O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou na quarta-feira (13) a revogação dos vistos de duas autoridades brasileiras por envolvimento na contratação de médicos cubanos no programa Mais Médicos, criado em 2013 durante o governo Dilma Rousseff.
Foram atingidos pela medida Mozart Júlio Tabosa Sales, atual secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, hoje coordenador-geral da COP30 na OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica). Ambos atuaram no Ministério da Saúde à época da implementação do programa, sob gestão de Alexandre Padilha, atual ministro da Saúde.
Segundo o governo americano, os dois teriam participado do planejamento e execução de um esquema de "trabalho forçado" com uso de profissionais cubanos, por meio de um acordo intermediado pela Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). A iniciativa visava levar médicos a regiões carentes do Brasil.
Em comunicado, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, classificou o Mais Médicos como uma “fraude diplomática” e acusou os envolvidos de colaborarem com o que chamou de “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”.
A medida ocorre em meio a um endurecimento das sanções americanas contra autoridades brasileiras. É a primeira vez que integrantes do Executivo são diretamente atingidos desde que o presidente Donald Trump anunciou, em julho, sanções contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.
O programa Mais Médicos ainda existe, mas sem a participação de médicos cubanos desde 2018. Dilma Rousseff e Alexandre Padilha, apesar de citados no contexto, não tiveram vistos revogados.
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