Morre aos 82 anos Jards Macalé, ícone da música e da contracultura brasileira
- Equipe do Blog

- 18 de nov.
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Brasil

Morreu na segunda-feira (17), aos 82 anos, o ator, músico e compositor Jards Macalé. Internado em um hospital particular na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, ele tratava um enfisema pulmonar e sofreu uma parada cardíaca após uma cirurgia. A morte foi comunicada por sua equipe nas redes sociais, que destacou o bom humor do artista ao acordar cantando Meu Nome é Gal.
Trajetória
Jards Anet da Silva nasceu em 3 de março de 1943, na Tijuca, zona norte do Rio. Cresceu em ambiente musical, influenciado pelo samba do morro da Formiga, pelos vizinhos Vicente Celestino e Gilda de Abreu e pelas serenatas tocadas pelos pais em casa. Na adolescência, mudou-se para Ipanema, onde ganhou o apelido Macalé.
Formou seus primeiros conjuntos ainda jovem e estudou com nomes importantes, como Guerra Peixe, Esther Scliar e Turibio Santos. Iniciou a carreira profissional em 1965 como guitarrista do Grupo Opinião e foi diretor musical das primeiras apresentações de Maria Bethânia. Teve composições gravadas por nomes como Nara Leão e Elizeth Cardoso.
Criou com Gal Costa, Paulinho da Viola e José Carlos Capinam a Agência Tropicarte, dedicada à produção de shows. Também atuou no cinema, assinando trilhas e participando de filmes como Amuleto de Ogum, Tenda dos Milagres e Macunaíma.
Legado
Autor de clássicos como Vapor Barato, Movimento dos Barcos, Mal Secreto e Rua Real Grandeza, Macalé foi interpretado por artistas de diferentes gerações, entre eles Gal Costa, Maria Bethânia, Clara Nunes, Camisa de Vênus e O Rappa.
Nos últimos anos, recebeu reconhecimento crítico: Besta Fera (2019) foi indicado ao Grammy Latino, e os álbuns Coração Bifurcado (2023) e Mascarada: Zé Kéti (2024), este em parceria com Sérgio Krakowski, foram destacados pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).










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